Pesquisar este blog

quarta-feira, 7 de março de 2012

Tri mulher de 30

    Não sei cargas d'água por que, mas desde de guriazinha eu dizia que a vida começava aos 30. Principalmente quando minha mãe queria me impor alguma responsabilidade. Hoje eu tenho certeza que a vida começa aos trinta,  porque aos trinta eu me descobri mulher, amadureci meus sentimentos, parei de beijar sapo e comecei a curtir uma maturidade que só as "vivências" nos pode conceder. Alcancei minha estabilidade financeira, assumi que nasci esquerda e perdi a vergonha de buscar o que eu quero. Não existe nada como a IMATURIDADE dos 30!! Apreendi a deixar rolar "like a rolling stone", pode ter sido de tanto ouvir Bob Dylan, ou simplesmente apreendi a aceitar os fatos como eles vão sendo encaixados pela vida sem aquele frenesi adolescente de querer tudo pra agora e do meu geito. Também, apreendi a aceitar as pessoas como elas são (talvez influencia dos Titãs, hehehe) sem querer muda-las e nem tendo que concordar com elas, apenas o respeito pelas diferenças existentes nesse mundo tão desigual. Superei a minha inquietude, consegui calar a boca nos momentos certos e falar as coisas certas nos momentos propícios (parece impossível, mas é capaz) sem deixar de ser eu mesma enrustida, sem abandonar meus ideais libertários, sem cair na vala comum e o mais importante fazendo-me respeitar como mulher; mas não a mulher de Desmond Morris em sua obra "A mulher nua" (outra hora aprofundamos nisso, mas pra resumir ele explica o lado evolutivo animal do corpo da mulher), mas sim, como uma mulher TRANSCENDENTAL e interessante bem mais que peito e nádegas (não que isso não seja levado em conta, é sim, mas no momento certo). 
    Aos trinta a gente concede um valor especial as coisas singelas da vida, a gente para o momento e o aprecia com gosto desfrutando-o, a gente literalmente saboreia a vida, cada detalhe, cada cheiro, cada cena. Muitas vezes, acabo achando graça da inexperiência alheia e sempre tento ajudar apesar de ser inútil, pois somente quem vivenciou muitos momentos sabe lidar com situações diversas (que filosia de botequim, hehe), somente quem quem passou por turbulências sabe conceder beleza e paz (agora me superei haha).  
    Mas com tudo isso, o que eu quero realmente dizer é que nesse dia 8 de março de 2012 as mulheres reflitam sobre sua existência enquanto mulher (não somente as de 30, apesar de que só vai ler quem for a partir de 30 mesmo), saibam desfrutar da maguinetude de ser uma fêmea na sociedade, uma flor no meio de uma pedreira, saibam se dar valores e ao mesmo tempo se despir deles (isso é muito difícil, nem todas conseguem), se negar e se permitir, se guardar e se libertar, nós mulheres fazemos tudo errado nos privamos do que é bom e concedemo-nos o que nos faz mal, e pior ainda, desfrutamos deste mal como se fosse um sonho maravilhoso, por que brincamos com ele desde criança (Barbie: tudo que você quer ser!). Somos peças fundamentais de uma sociedade que nos molda como ela quer, estamos inertes em mundo que urgentemente precisa de nós mulheres.
    Então peço que nesse dia da "MULHER" deixemos de ser mulherzinhas, Barbiezinhas da sociedade! Não se contentem com flores ou presentinhos, busquem respeito e dignidade no fato de ser uma mulher, sejam participativas, ativas e se façam ouvir, busquem a felicidade seja ela no trabalho, na sociedade, em casa ou na cama! Mas sejam felizes (pombas!!!) e sejam Livres, Lindas e Loucas!!!

Um comentário:

  1. Viu, eu não sou mulher de 30 mas li todinho... AMEI!!! Feliz dia da MULHER Tampa!!!!

    ResponderExcluir